Vereadores de oposição demonstram preocupação com a situação da pandemia em Conquista

Por - 16 de junho de 2021

Os edis questionaram o aumento de infecções e mortes pela covid-19 no município e o afrouxamento das medidas de prevenção à doença

Durante a sessão da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) desta quarta-feira, 16, os vereadores de oposição à atual gestão municipal, Alexandre Xandó (PT), Andreson Ribeiro (PCdoB), Ricardo Babão (PCdoB), Valdemir Dias (PT) e Viviane Sampaio(PT), se mostraram preocupados com a situação da pandemia do novo coronavírus no município. Nos últimos 30 dias, 56 conquistenses morreram em decorrência da covid-19.

Apesar disso, na segunda-feira, 14, a Prefeitura Municipal publicou um decreto (nº 21.133) que autoriza a realização de eventos com até 50 pessoas na cidade. “Para a nossa surpresa, já que estamos com os leitos de UTI com 97% de ocupação, com casos ativos crescentes, foram liberados eventos com até 50 pessoas. Atitude infeliz da Prefeitura, não havia nenhuma necessidade”, comentou o vereador Valdemir Dias (PT).

A legisladora Viviane Sampaio (PT) também criticou o decreto e afirmou que “o poder de fiscalização da Prefeitura não vai dar conta”. Já Ricardo Babão (PCdoB) disse que não acredita que os eventos serão fiscalizados. Para ele, “isso é preocupante porque não temos como controlar essas aglomerações”.

Após essas e outras críticas feitas por conquistenses nas redes sociais, o Executivo publicou, ainda na tarde desta quarta, 16, um novo documento que altera o artigo 2º do decreto nº 21.133 e especifica quais tipos de eventos estão liberados. A lista não inclui festas e shows.

Outro questionamento feito pelos edis foi com relação ao fechamento dos 20 leitos de UTI do Hospital São Vicente de Paula. “Estamos muito preocupados com a saúde pública. É inadmissível fechar 20 leitos no Hospital São Vicente”, declarou o vereador Andreson Ribeiro (PCdoB).

Alexandre Xandó (PT) também demonstrou preocupação com a situação da saúde em Vitória da Conquista. Segundo ele, “estamos há um bom tempo com aproximadamente 500 casos ativos [em recuperação]. Essa é uma situação alarmante e a Prefeitura não está se atentando a isso”. No dia 1º de janeiro de 2021, eram 14.401 casos confirmados e 224 óbitos registrados no município, já no boletim epidemiológico desta quarta, 16, constam 31.043 casos e 519 óbitos.

O vereador ainda questionou o arquivamento dos boletins epidemiológicos no perfil oficial da Prefeitura no Instagram. Após a manifestação do edil, parte das publicações foram desarquivados pela Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). Mas, até o fechamento desta matéria, ainda não constavam os relatórios referentes ao período entre 19 de janeiro e 3 de maio.

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