Artigo | “Sem anistia para golpista”: entidades realizam ato antifascista em Vitória da Conquista
Por Victória Lôbo - 9 de janeiro de 2023
Convocada após bolsonaristas destruírem a Praça dos Três Poderes, em Brasília, manifestação tem caráter nacional e reafirma a importância da democracia.
Por mais que vândalos terroristas tentem apagar a nossa história, rasgar a nossa Constituição Federal, destruir a democracia e descredibilizar o que acreditamos, o desejo coletivo expressado democraticamente nas urnas em 2022 deve se sobressair às mentiras e ao fascismo. Devido a isso, a frente democrática convocou atos antifascistas em todo o Brasil nesta segunda-feira, 9, e não foi diferente em Vitória da Conquista.
Na tarde de hoje, às 17h, movimentos sociais e políticos reuniram cidadãos e cidadãs para realizar uma manifestação em defesa da democracia na Praça 9 de Novembro, localizada no centro da cidade. Essa organização rápida e pacífica só mostra a diferença entre um ato plenamente democrático e o que o bolsonarismo defende: uma ideologia reacionária, desenfreada e que destrói o patrimônio histórico e cultural do nosso país.
“Patriotas” que não preservam o patrimônio?
Neste domingo, 8, conforme foi amplamente documentado pela imprensa nacional e internacional, bolsonaristas ressentidos pela perda nas eleições presidenciais de 2022 invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, e destruíram a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), além dos espaços que abrigam o Poder Executivo e o Legislativo. Um ato de terrorismo que deixou um enorme prejuízo financeiro, mas também para a nossa memória.
Artefatos históricos foram roubados e destruídos, muitos sem possibilidade de reparação. Obras de arte, como uma de Di Cavalcanti, foram rasuradas, sem contar todo o estrago feito no local. A destruição também foi moral, visto que terroristas chegaram a defecar em uma das salas vandalizadas e se vangloriar dos próprios atos criminosos.
Problemas com ouvir um “não”?
Que os bolsonaristas não compreendem a própria história já sabíamos desde quando pediam intervenção militar nas ruas, mesmo que a Ditadura imposta pelo golpe de 1964 tenha sido um período sombrio. Porém, o apoio da Polícia Militar de Brasília durante a ação terrorista que aconteceu no último domingo, 8, nos mostra o quão obscuro é também o que estamos vivendo desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Diante de tanto ódio à democracia, cerca de 1200 vândalos já foram levados à Polícia Federal. Porém, ainda é preciso saber quem financiou a ação, quem está por trás dos acampamentos e quem provocou a destruição do STF. O ministro Alexandre de Moraes está à frente da investigação e, devido à passividade, afastou do cargo o governador de Brasília, Ibaneis Rocha, por 90 dias.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou, durante declaração, intervenção federal na capital até o dia 31 de janeiro, afirmando que buscará encontrar os rostos que estão por trás dos atos. Sem anistia!
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