Luta e resistência no Acampamento Terra Nobre

Por - 29 de junho de 2021

Quase uma semana após desocupação realizada pela Prefeitura de Vitória da Conquista, famílias que tiveram barracos e pertences destruídos por máquinas, no Loteamento Alto da Universidade, permanecem no local em busca de condições dignas de vida e moradia

Na manhã do dia 24 de junho, as famílias do Acampamento Terra Nobre foram surpreendidas com tratores, policiais e guardas municipais que, a mando da Prefeitura de Vitória da Conquista, se dirigiram ao local, às 5h, para desocupá-lo. Barracos, alimentos, utensílios domésticos, documentos e grande parte dos pertences dos moradores foram destruídos.

Segundo o líder do movimento, Adnoaldo Ferreira, o acampamento começou a ser construído há cerca de 60 dias, pois, devido à pandemia, as pessoas que fazem parte dele estavam sem emprego. A intenção dos assentados é plantar para garantir o sustento.

Representantes do acampamento estavam dialogando com a Prefeitura e chegaram a protocolar um documento no gabinete da prefeita Sheila Lemos. Segundo Antônio Márcio, morador do Terra Nobre, o secretário chefe do gabinete civil, Lucas Dias, recebeu a documentação e prometeu diálogo.

Já o assessor jurídico do movimento, Erick Silveira, explicou que é ilegal a forma como a desocupação aconteceu, sem conversar com os assentados e com truculência. O Fórum Sindical e Popular, que reúne diversos sindicatos e movimentos sociais do município, tem se organizado para ajudar as famílias e está promovendo uma campanha de arrecadação de alimentos, agasalhos, utensílios domésticos e dinheiro.

Na tarde dessa segunda-feira, 28, nossa reportagem foi até o acampamento conversar com os moradores. Confira no vídeo abaixo:

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Uma resposta para “Luta e resistência no Acampamento Terra Nobre”

  1. […] de desocupação se tornou quase impossível, tendo em vista que, sobreviver à primeira, ocorrida há quase um ano, já tinha sido muito difícil. A verdade é que os moradores do local sofreram mais um despejo […]

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