Professores, técnicos e estudantes se mobilizam em defesa da Uesb  

Por - 24 de maio de 2022

Na manhã desta terça, 24, Adusb, Afus e DCE fizeram um café da manhã cultural em frente aos portões dos três campi da Universidade com o intuito de denunciar o sucateamento da instituição.

Associação dos Docentes da UESB (ADUSB), Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UESB (AFUS) e Diretório Central dos Estudantes (DCE) se uniram em mobilização nesta terça-feira, 24, com o intuito de denunciar as dificuldades enfrentadas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), além de reivindicar a valorização dos servidores e políticas para a permanência estudantil. 

Durante a manhã, foram realizadas atividades culturais em frente aos portões dos três campi da instituição, que ficam localizados em Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga. “Um ponto central para a mobilização foi o orçamento para as universidades, que hoje não é suficiente para suprir as necessidades de pesquisa, ensino, extensão e infraestrutura”, explicou Alexandre Galvão, presidente da Adusb. 

As manifestações fazem parte da Semana de Luta das Instituições Públicas, que acontece entre 23 e 27 deste mês, período também marcado pela votação da PEC 206/2019, que busca instituir mensalidade nas universidades públicas. Após protestos de entidades estudantis e outras personalidades e organizações, a proposta foi retirada da pauta da sessão da Câmara dos Deputados desta terça-feira, 24.

Nos portões da Uesb, a luta também é para garantir o ensino superior público gratuito, além de melhores condições de trabalho para professores e servidores técnicos. “Nós estamos aqui para defender a Uesb e isso significa defender uma educação pública, de qualidade e socialmente referenciada, com condição de trabalho e concursos públicos”, afirmou Suzane Tosta, diretora da Adusb. 

O salário dos servidores públicos está há sete anos sem reposição inflacionária, o que resultou numa perda de quase 50%. Segundo a categoria, também não existe diálogo com os docentes há mais de 800 dias. Já em relação aos técnicos universitários, o grupo está sem reajuste desde 2010. De acordo com Márcio Dias, diretor da Afus, “defender a Uesb é defender os direitos da comunidade acadêmica”, que é integrada por técnicos, docentes e estudantes.

Em relação à pauta estudantil, Nágila Oliveira, integrante do DCE, conta que a principal problemática é o Restaurante Universitário, que aumentou, mais uma vez, o valor cobrado pelas refeições. “Um restaurante que era para contribuir com a nossa permanência na Universidade está aí para lucrar”. O café da manhã deve aumentar de R$4,00 para R$7,00 e o almoço de R$7,20 para R$10,20. Além disso, mesmo com a inflação, o valor das bolsas estudantis, como o auxílio moradia, continua o mesmo de 2015. 

As entidades têm uma agenda de mobilização pela educação pública ao longo deste ano, em decorrência do sucateamento das instituições e dos ataques nos âmbitos federal, estadual e municipal. 

Foto de capa: Ascom/Adusb.

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