Quando as políticas de mobilidade não chegam em áreas rurais e periféricas
30 de setembro de 2024
No quilombo da Taboa, zona rural de Vitória da Conquista, as condições precárias das estradas em períodos chuvosos quase sempre impedem que crianças cheguem até a escola onde estudam. Em Manoel Antônio, comunidade vizinha, se alguém precisar de atendimento médico, terá que andar alguns quilômetros até o ponto de partida do ônibus que leva os moradores ao posto de saúde mais próximo.
No quilombo do Boqueirão, há famílias que moram em locais onde sequer carro-pipa consegue chegar. Mesmo quem reside na zona urbana enfrenta dificuldades para acessar serviços públicos, como o músico Mikael Carvalho, que frequentemente deixa de ir às atividades de um programa público do qual é beneficiário por não ter dinheiro para pagar o transporte até o Centro.
Afinal, como democratizar o acesso de pessoas oriundas de áreas rurais e periféricas a direitos fundamentais como educação, saúde, trabalho e renda se o caminho para alcançá-los esbarra na impossibilidade de transitar no território onde vivem? Como superar uma lógica de segregação social que reflete o racismo ambiental e sistêmico presente em nossa sociedade? Quais os caminhos para a efetivação de políticas de mobilidade que garantam a todos o direito de viver a cidade? Essas são as questões centrais que buscamos aprofundar nas duas reportagens que compõem este especial do Conquista Repórter.
EXPEDIENTE
Coordenação e edição:
Afonso Ribas
Reportagens:
Karina Costa e Lays Macedo
Produção e edição de vídeos:
Victória Lôbo
Redes sociais:
Eduarda Leite
Identidade gráfica:
Patricia Sousa
Desenvolvimento Web:
FontCode Soluções em Tecnologia