Conquista Repórter é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo
Por Da Redação - 1 de abril de 2024
O especial multimídia sobre o fechamento de escolas nos quilombos de Vitória da Conquista é um dos selecionados na categoria ‘reportagem de mídia independente.’
O especial multimídia do Conquista Repórter sobre o fechamento de escolas nos quilombos de Vitória da Conquista é um dos finalistas da terceira edição do Prêmio Megafone de Ativismo. Publicada em dezembro de 2023, a investigação é uma das cinco iniciativas selecionadas na categoria ‘reportagem de mídia independente’. A premiação busca dar visibilidade a ações e ativistas que atuam na defesa dos direitos humanos e de pautas socioambientais.
Intitulada ‘Etnocídio e negação de direitos: os impactos do fechamento de escolas rurais em comunidades quilombolas’, a reportagem aponta que, desde 2018, ao menos 14 instituições de ensino foram desativadas em quilombos conquistenses, considerando um total de 26 unidades existentes naquele ano.
Diante dessa realidade, a série especial buscou vozes quilombolas, dados de fontes diversificadas e ouviu especialistas para compreender o impacto da desativação de escolas na cultura, memória e identidade étnica de remanescentes de quilombos. O resultado de visitas a 11 comunidades quilombolas, na zona rural do município, está expresso em fotos, vídeos, infográficos e tabelas.
“Essa é uma das apurações mais importantes do Conquista Repórter desde o seu surgimento. Foi um processo que exigiu muito da equipe e que só foi possível graças ao apoio financeiro que conseguimos e, principalmente, porque as pessoas das comunidades estiveram dispostas a nos receber em suas casas e nos contar suas histórias”, disse Karina Costa, diretora de conteúdo do site e responsável pelos textos da reportagem.
A jornalista destacou também a importância do reconhecimento através da seleção como finalista do Prêmio Megafone. “É uma alegria para nós termos esse trabalho tão importante reconhecido, especialmente porque estamos falando de algo que precisa ser dito, a negação de direitos dos povos tradicionais. Além disso, essa indicação mostra que o jornalismo independente no interior existe e resiste”, ressaltou Karina.
A proposta do especial foi submetida e aprovada pelo 5º Edital de Jornalismo de Educação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação), lançado em parceria com a Fundação Itaú.
Prêmio Megafone de Ativismo
A premiação é realizada pela Coalizão Megafone, formada pelas organizações Pimp My Carroça, Instituto Socioambiental (ISA), WWF Brasil, Engajamundo, Sumaúma Jornalismo, Associação Intercultural de Hip Hop Urbano da Amazônia, Hivos Brasil e Vozes pela Ação Climática.
Em sua terceira edição, o prêmio recebeu mais de mil inscrições de todo o país. Segundo a organização, 47% dos inscritos são da Amazônia Legal brasileira, 67% são pessoas não brancas e 63% são mulheres cis e trans.
São 14 categorias que compõem a premiação. As modalidades incluem: ação direta, arte de rua, cartaz em manifestação, cidadão indignado, documentário, fotografia, jovem ativista, marcha ou manifestação de rua, perfil de rede social, meme ou humor na internet, música ou videoclipe e reportagem de mídia independente.
Além disso, há o Megafone do Ano, que será concedido a um(a) ativista que tenha se destacado em 2023, e o Prêmio do Júri, dedicado ao conjunto da trajetória de alguma pessoa ou coletivo brasileiro.
Confira aqui os finalistas de todas as categorias do prêmio.
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