Com aumento de casos de covid-19 e suspensão do Carnaval, setor de turismo e cultura segue prejudicado

Por - 21 de fevereiro de 2022

2022 é o segundo ano sem Carnaval de rua. Eventos privados podem acontecer para, no máximo, 1500 pessoas na Bahia.

Os efeitos da covid-19, pela segunda vez, resultaram no cancelamento do Carnaval. A popular festa de rua gera empregos e movimenta a produção cultural no estado da Bahia, principalmente em Salvador, ao atrair turistas, movimentando também a hotelaria e os serviços de transporte e alimentação.

Com o avanço da variante ômicron e a dificuldade de fazer com que a população complete o esquema vacinal, os casos de internações graves e óbitos pelo novo coronavírus aumentaram em toda a Bahia. Em Vitória da Conquista, por exemplo, a taxa de ocupação dos leitos de UTI destinados ao tratamento da covid-19 já chegou a mais de 90% na última semana.

Por isso, em um novo decreto publicado no Diário Oficial do Estado em 15 de fevereiro, o governador Rui Costa (PT) manteve em 1500 o número máximo de pessoas permitido em eventos e a ocupação de espaços em até 50% da sua capacidade. Além disso, como novidade, as festas de rua foram proibidas e essas medidas têm validade até o dia 2 de março. 

Dessa forma, tende a acontecer apenas festas fechadas e seletivas, que, por serem caras, deixam de fora todos aqueles que não têm dinheiro e esperavam pelo Carnaval não apenas para festejar, mas também para garantir renda para suas famílias. Por outro lado, com a limitação de público, eventos particulares que estavam marcados para acontecer em grandes casas de show foram cancelados, o que dividiu opiniões, entre ataques e defesas a Rui Costa.

O aumento de casos do novo coronavírus e a suspensão do Carnaval deveriam impulsionar a vacinação em massa de toda a população, mas ainda há uma grande parcela dos baianos que não completaram o esquema vacinal e muitas crianças que não foram levadas para serem vacinadas. Segundo reportagem do Fantástico, mesmo após dois meses desde início da vacinação do público infantil, menos de 20% do público entre 5 e 11 anos foi vacinado no Brasil. 

Um mal necessário, o cancelamento do maior evento baiano tem como objetivo preservar a saúde da população e evitar mais um colapso da saúde pública no estado. Se mais gente completar o esquema vacinal e seguirem o protocolos sanitários, quem sabe em 2023 teremos Carnaval novamente?

Foto de capa: Prefeitura de Salvador.

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