Câmara Municipal de Vitória da Conquista vai discutir feminicídio em sessão especial
Por Victória Lôbo - 27 de setembro de 2021
Evento acontece na próxima sexta-feira, 1°, e contará com a presença de familiares de mulheres que foram vítimas do crime, como a jovem Sashira Camilly
Na próxima sexta-feira, 1° de outubro, às 9h, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizará uma sessão especial sobre os crimes de feminicídio ocorridos na cidade. O evento irá contar com a participação de familiares de vítimas. A discussão em torno do assunto tem sido levantada desde que a jovem Sashira Camilly, 19, foi assassinada pelo seu ex-namorado e mais dois homens.
A vereadora Viviane Sampaio (PT) anunciou a sessão ontem, 26, por meio do seu perfil oficial no Instagram, deixando um apelo. “Violência contra a mulher, agressão e assédio não são entretenimento”, disse.
Debates acerca da violência contra a mulher têm sido pautados no Legislativo conquistense através de projetos de lei que têm o intuito evitar que mais mulheres sejam agredidas apenas pela condição de pertenceram ao gênero feminino. Os 15 anos da Lei Maria da Penha, por exemplo, foi tema de uma audiência pública realizada em maio deste ano.
A Câmara Municipal ainda divulgou um vídeo de iniciativa da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa da Mulher, em que os vereadores e as vereadoras de Conquista destacam a importância da luta contra o feminicídio, lembrando que a violência contra a mulher é crime e que basta ligar 180 para denunciar.
No último sábado, 25, o Conquista Repórter publicou uma matéria mostrando por que o feminicídio é o estágio final da violência contra a mulher. Além disso, a reportagem apresentou dados da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) que mostram que, a cada quatro horas e meia, uma mulher é agredida em Vitória da Conquista.
Já neste domingo, 26, aconteceu um protesto exigindo justiça pelo caso Sashira, na Avenida Olívia Flores. Familiares e amigos da jovem seguravam cartazes com frases como “parem de nos matar” e “basta de violência contra a mulher”. Eles já haviam realizado uma manifestação após a missa de sétimo dia da ex-estudante.
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