Projeto seleciona pessoas negras e indígenas de Vitória da Conquista para residência artística

Por - 12 de setembro de 2024

Inscrições estão abertas até 23 de setembro. Serão selecionados cinco artistas que receberão uma bolsa auxílio de R$500.

Reunir artistas para o compartilhamento de práticas, saberes e histórias. Esse é o intuito da residência promovida pelo projeto Sertão Sankofa, com duração de 10 dias, que será realizada em Vitória da Conquista. Até o dia 23 de setembro, as inscrições estão abertas para pessoas negras e indígenas, com idade mínima de 18 anos, residentes no município ou em outras cidades do sudoeste baiano.

Ao final da seleção, serão contempladas cinco pessoas que receberão um auxílio de R$500 para participar de atividades em formato híbrido (online e presencial). Os participantes serão mentorados pela artista Dani de Iracema, com uma metodologia multidisciplinar, priorizando narrativas autobiográficas e estabelecendo diálogos da dança contemporânea com outras linguagens ancestrais negro-indígenas.

A primeira fase da residência, chamada “Raízes Íntimas”, começará no dia 2 de outubro e acontecerá no espaço virtual. Neste momento, os residentes irão se conhecer e mergulhar em histórias familiares e autobiográficas. Na segunda etapa, intitulada “Raízes Coletivas”, serão realizados encontros presenciais, onde memórias serão usadas como base para criar uma performance coletiva.

Os resultados dos encontros serão apresentados em outubro, no Centro de Cultura de Camillo de Jesus Lima, juntamente com o solo “Memórias Imaginadas das Terras por Onde Andei” e uma roda de conversa. Outra apresentação será realizada no Festival Universitário Intercampi de Cultura e Arte da Uesb (FUICA). Além disso, os artistas terão a oportunidade de visitar a comunidade quilombola de Batalha.

O projeto Sertão Sankofa foi contemplado em editais da Lei Paulo Gustavo e tem apoio financeiro do Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do estado. A proposta da iniciativa é resgatar a ideia de quilombo como “o espaço simbólico do corpo que se move, cuja potência concretiza-se no encontro com outros corpos, na circulação, no movimento negro comunitário do corpo-memória que resiste”. 

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