Moradores do Nenzinha Santos cobram urgência na drenagem e pavimentação do loteamento

Por - 24 de janeiro de 2024

Segundo liderança comunitária, residentes reivindicam melhorias há mais de 20 anos. A Rua R fica intransitável em períodos de chuva.

Em meio ao período de fortes chuvas, ficam ainda mais evidentes os problemas de infraestrutura que causam transtornos aos moradores de bairros periféricos de Vitória da Conquista. No loteamento Nenzinha Santos, aqueles que residem na Rua R, ao colocar os pés fora de casa, se deparam com uma grande vala. “Quando vem a chuva, seja forte ou mais fraca, isso aqui fica intransitável. Se a gente pede um Uber, temos que enfrentar o temporal para ir pegar o carro na outra rua. E não são buraquinhos, são crateras enormes”, conta Renata Santos, que vive na localidade há mais de um ano.

O problema é estrutural e acontece desde que os primeiros residentes ocuparam a via. Quem afirma isso é Jandira Cardoso, presidente da associação de moradores dos loteamentos Nenzinha Santos e Bruno Bacelar, localizados no bairro Ibirapuera, na zona oeste da cidade. Segundo a líder comunitária, há mais de 20 anos, a comunidade reivindica melhorias para o local. “É uma rua muito grande, que para ser pavimentada, precisa ser drenada”, explica.

O processo de drenagem é necessário para garantir a segurança dos transeuntes e a durabilidade da estrada. Mas no caso do Nenzinha Santos, o que tem sido feito até agora, como medida paliativa, é o patrolamento da avenida. A ação é feita por uma máquina com o objetivo de nivelar as ruas ainda não asfaltadas e tapar buracos com areia ou brita. “Eu liguei para a Defesa Civil, para a representante da Prefeitura, e eles mandaram imediatamente a máquina. Mas é um trabalho que só vai amenizar, porque na verdade não vai resolver o problema”, afirma Jandira.

Há seis anos Nádia Novais mora na Rua R. Ela conta que precisou vender o carro, já que a dificuldade para retirar o automóvel da garagem é muito grande, principalmente quando chove. “Meu marido tinha que bater enxada para conseguir tirar o carro”, destaca. Além disso, seu esposo teve que abrir uma canaleta no portão para evitar a entrada de lama na residência durante os fortes temporais.

De acordo com as fontes ouvidas pelo Conquista Repórter, situações como a de Nádia são muito comuns para quem vive no loteamento. Na verdade, são corriqueiras em diversos outros bairros periféricos de Vitória da Conquista. “Fui moradora do Bruno Bacelar desde criança e lutamos muito para que lá fosse asfaltado, e isso só aconteceu depois de 30 anos. E aí você vê que entra gestão, sai gestão e são as mesmas promessas”, ressalta Renata Santos, que hoje vive no Nenzinha Santos.

Obras de infraestrutura

Em novembro de 2023, a prefeita Sheila Lemos (UB) lançou o “Acelera Conquista”, um programa de investimento em obras de infraestrutura espalhadas pela cidade. Mais de 70 localidades do município, entre bairros, loteamentos e povoados, irão receber intervenções a partir dos R$160 milhões obtidos através do contrato assinado entre a Prefeitura e a Caixa Econômica Federal, como parte do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).

O projeto inclui a reurbanização da Avenida Brumado, na zona oeste, e a pavimentação dos loteamentos Bateias II, Cidade Modelo, Jardim Guanabara, Porto Seguro, Vila Marina e Alto do Panorama. As fortes chuvas das últimas semanas tem causado atrasos nas obras, mas quem ainda não está lista do programa municipal é o Nenzinha Santos. Enquanto isso, os moradores aguardam ansiosamente pela vez da comunidade para receber a obra de drenagem e pavimentação, pelo menos na avenida principal, a Rua R.

“O Nenzinha Santos precisa com urgência dessa pavimentação porque os moradores já não aguentam mais. Eles constroem as casas com tanta dificuldade, pagam material caro, e de repente correm o risco de perder suas casas”, destaca a presidente da associação de moradores, Jandira Cardoso.

O Conquista Repórter solicitou posicionamento da Prefeitura de Vitória da Conquista, via e-mail, na tarde desta quarta-feira, 24, mas não obtivemos resposta até a publicação desta matéria.

Fotos de capa: Jandira Cardoso.

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