Exposição de Vando Oliveira coloca em evidência a ancestralidade afro-indígena
Por Lays Macedo - 8 de novembro de 2024
Obras estarão expostas até 29 de novembro, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. Produção do artista abrange esculturas de argila e madeira reaproveitada.
Karina Costa
Um mergulho na jornada de autoconhecimento e reverência às raízes afro-indígenas do artista plástico Vando Oliveira, nascido na comunidade de Ribeirão dos Paneleiros, em Vitória da Conquista. É isso o que as pessoas irão encontrar ao apreciar as obras que compõem a exposição “Ancestralidade em Transição”, aberta para visitação até o dia 29 de novembro, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima.
Descendente dos indígenas Mongoyós, Vando utiliza a sua arte para deixar em evidência a cultura e a memória de seus ancestrais. Sua produção abrange esculturas de argila e madeira reaproveitada, além de obras que unem elementos tradicionais, míticos e religiosos. Para a nova exposição, buscou transformar o espaço em um labirinto de ancestralidade, onde o passado e o presente se encontram.
“As peças vieram para mim de uma inspiração. Foi ela que me apontou cada elemento que deveria ser utilizado nas obras. Eu digo isso porque o artista vai de encontro à matéria que o chama. Acredito que foi esse momento mágico que me inspirou a criar o conceito da Ancestralidade em Transição”, conta o artista indígena sobre o processo de produção para a coleção exposta no Centro de Cultura.
Além de escultor, Vando é historiador e professor de artes plásticas no Espaço Cultural João Caranha, no município de Barra do Choça. Ele também promove oficinas com crianças e adolescentes do bairro Bruno Bacelar, em Vitória da Conquista. Além disso, já realizou exposições em diversos espaços culturais, como na Feira Literária de Mucugê e na 64ª edição do Salão de Artes Visuais da Bahia, em Salvador.
A exposição “Ancestralidade em Transição” é realizada pelo Instituto Comunidade Sustentável, com apoio do Estúdio Imboré e do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. O trabalho conta ainda com patrocínio dos Governos Federal e do Estado da Bahia, por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo.
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