Editorial | A suspensão de perfis de apoio à Sheila Lemos e a desinformação em período eleitoral
Por Da Redação - 15 de julho de 2024
Com menos de três meses até o primeiro turno das eleições municipais de 2024, duas contas de apoio à prefeita, no Instagram, foram retiradas do ar por determinação da Justiça.

As informações distorcidas ou deturpadas sempre existiram, mas foi em meados de 2016, com a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, que se popularizou o termo “fake news”. Muito mais do que um boato ou uma fofoca mal contada, essas mentiras que se espalham em extrema velocidade via WhatsApp, Instagram, Facebook ou TikTok, são criadas intencionalmente com um propósito, especialmente no contexto de uma disputa eleitoral.
Em Vitória da Conquista, com menos de três meses até o primeiro turno das eleições municipais de 2024, a Justiça Eleitoral determinou a retirada do ar de três perfis de Instagram. O motivo da suspensão? A divulgação de notícias falsas e propaganda eleitoral antecipada. Duas dessas contas foram criadas com o objetivo de endossar a pré-candidatura da atual prefeita, Sheila Lemos (UB).
Diferente das mentiras contadas na era pré internet e redes sociais, as fake news contemporâneas conseguem alcançar qualquer pessoa, em qualquer lugar, através de um link, um vídeo ou uma foto. É com essa velocidade de propagação e as consequências dela que devemos nos preocupar. Do “kit gay” aos falsos vídeos de fraudes em urnas eletrônicas, estamos cientes do impacto das fake news nos processos eleitorais e na democracia.
Para além da “tia do zap” que compartilha inocentemente a receita do suco milagroso para eliminar pedras nos rins, o que deve nos preocupar sempre são os grupos e agentes que atuam propositalmente para espalhar desinformação. Ou pior ainda (se é que dá pra ficar pior), são aqueles que se organizam para difundir discursos de ódio e incentivar a xenofobia, a LGBT+fobia e tantos outros tipos de violência.
Por tantos motivos e interesses, acabar de vez com as fake news não é uma opção. Mas cabe a nós pelo menos duvidar de mensagens alarmantes que chegam via WhatsApp, denunciar conteúdos com discurso de ódio nas redes sociais e, sem dúvidas, confiar no jornalismo sério e de credibilidade.
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