Comunidade LGBTQIAP+ conquistense solicita criação de políticas públicas à prefeita Sheila Lemos

Por - 17 de maio de 2021

Representantes de movimentos sociais entregaram um ofício ao executivo municipal, juntamente com o vereador Alexandre Xandó (PT), no dia do combate à LGBT+fobia

Representantes da comunidade LGBTQIAP+ de Vitória da Conquista entregaram à prefeita Sheila Lemos, nesta segunda-feira, 17, um documento com uma série de reivindicações. Entre as solicitações estão a criação de um núcleo de saúde municipal voltado para a população LGBTQIAP+ e a implementação de um programa de qualificação profissional com foco na formação de travestis, transgêneros e transsexuais do município. A reunião aconteceu na data instituída como Dia Internacional Contra a LGBT+fobia.

Integrante do Grupo de Lésbicas Safo e da Parada do Orgulho LGBT+, Rosilene Santana participou do encontro. Ela espera que o documento não seja arquivado e que as políticas públicas de assistência à população LGBT+ sejam, de fato, implementadas no município. 

De acordo com o último relatório anual do Grupo Gay da Bahia (GGB), de 2019, 329 pessoas LGBT+ foram assassinadas violentamente no país naquele ano. Todos os 26 estados e Distrito Federal registraram mortes. Na pesquisa, a Bahia apareceu em segundo lugar no ranking de assassinatos, com 32 ocorrências, ficando atrás apenas de São Paulo. Em Vitória da Conquista, não há um órgão ou entidade que contabilize os dados sobre a violência sofrida pela população LGBT+.

É por causa da falta de atenção do município com as vidas LGBT+ que os movimentos sociais, juntamente com o vereador Alexandre Xandó (PT), apresentaram as pautas da comunidade à prefeita e ao Secretário de Desenvolvimento Social, Michael Farias. 

Outra demanda reivindicada pela comunidade LGBT+, através do ofício assinado por Xandó, é a criação do Conselho Municipal de Diversidade Sexual e Identidade de Gênero. O vereador da oposição é o autor da indicação de Projeto de Lei que solicita a implementação do órgão na cidade. “Estamos lutando por políticas públicas específicas para a saúde LGBT+, capacitações, ações educativas, e um um programa de qualificação especialmente para o público T de travestis, transexuais e transgêneros, que são os mais vulnerabilizados”, explicou Xandó.

A prefeita Sheila Lemos afirmou que as demandas serão analisadas por ela, pelo Secretário de Desenvolvimento Social, Michael, e pelo Coordenador de Políticas de Promoção da Cidadania e Direitos de LGBT, José Mário.

Foto de capa: Secom/PMVC

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