Projeto promove música e acessibilidade cultural em Vitória da Conquista

Conectar culturas e promover uma experiência musical inclusiva. Essa é a proposta do projeto idealizado pelos artistas catarinenses Fernanda Rosa (voz) e Mateus Costa (contrabaixo), que formam o Duo A Corda em Si. De 17 a 22 de março, em Vitória da Conquista, eles farão uma imersão com uma dupla baiana, o Duo B.A.V.I (Berimbau Aparelhado e Violão Inventado), composto por Anderson Petti (berimbau) e João Almy (violão). A partir desse encontro, serão realizadas oficinas, palestras e um show.

Serão quatro dias de residência artística que resultará no show “Juntando Sotaques”, em que as duplas se apresentarão no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, no sábado, 22, às 19h. Além disso, o projeto prevê ações de formação. Na segunda, 17, Fernanda e Mateus, que são uma pessoa com baixa visão e outra cega, respectivamente, irão oferecer uma palestra gratuita sobre produção artística e acessibilidade cultural.

Na quinta-feira, 20, duas oficinas gratuitas serão ministradas pelos artistas. Fernanda realizará uma aula de canto popular para pessoas maiores de 12 anos com ou sem experiência na área. Já Mateus será responsável pela oficina “Como pensar o arranjo na música popular”, indicada para maiores de 16 anos. As duas atividades acontecerão às 18h30 no Centro de Cultura. Não é necessário inscrição prévia para participação.

Já na sexta-feira, 21, último dia da imersão artística, o público poderá acompanhar uma live pelos perfis no Instagram: @acordaemsi e @duobavi. Na ocasião, os artistas mostrarão os processos criativos, a partir das 19h, dando um gostinho de como será o show no dia seguinte. 

A apresentação “Juntando Sotaques”, no dia 22, terá ingressos gratuitos para Pessoas com Deficiência (PCDs) e acompanhante. Para o restante do público, as entradas, que podem ser adquiridas de forma online, custam R$30 (inteira) e R$15 (meia). A arrecadação será destinada à uma instituição que atende pessoas em situação de vulnerabilidade social em Conquista.

Mateus conta que durante o tempo em que estão desenvolvendo shows com acessibilidade, perceberam que, muitas vezes, não basta somente uma divulgação adaptada, um local acessível e a gratuidade para PCDs, para efetivamente levá-los aos espaços culturais. Por isso, a dupla uniu esforços com a Associação Conquistense de Integração do Deficiente (ACIDE). “É uma tarefa importante, desafiante e cheia de variáveis, e que pode trazer um grande crescimento a toda comunidade”, finaliza Fernanda.