Eleições 2022 | Conheça os candidatos ao Senado pela Bahia
Por Afonso Ribas - 8 de setembro de 2022
Das seis candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), duas ainda aguardam deferimento. A maioria dos concorrentes é do gênero masculino e da cor branca.

Nas eleições de 2022, os baianos poderão eleger apenas um dos seis candidatos que concorrem a uma cadeira no Senado Federal. Das três vagas a que a Bahia tem direito, duas permanecem ocupadas por mais quatro anos pelos senadores Ângelo Coronel (PSD) e Jacques Wagner (PT), eleitos em 2018.
Vale lembrar que a eleição para o Senado é majoritária. Ou seja, cada estado brasileiro tem a mesma quantidade de assentos na casa, diferentemente da disputa para a Câmara dos Deputados, que é proporcional. O mandato de um senador ou senadora, por sua vez, dura oito anos.
O único candidato da Bahia que busca reeleição em 2022 é o senador Otto Alencar (PSD), que já teve o registro de sua candidatura deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assim como outros três concorrentes à vaga. Dois candidatos, Cícero Araújo (PCO) e Cacá Leão (PP), ainda aguardam julgamento do TSE para serem, oficialmente, considerados aptos a receberem votos.
A maioria dos candidatos são do gênero masculino e da cor branca. Nenhum possui menos de 40 anos. Apenas duas mulheres concorrem ao cargo de senadora pela Bahia: Doutora Raíssa Soares (PL) e Tâmara Azevedo (PSOL). Quanto ao grau de instrução, cinco possuem ensino superior completo e um concluiu o ensino médio. Os dados são do Portal do TSE.
Com a proximidade da votação, marcada para o dia 2 de outubro, o Conquista Repórter reuniu as principais informações sobre cada um dos seis candidatos ao Senado pela Bahia. Confira a seguir:
Cacá Leão (PP)

Natural de Salvador (BA), Cacá Leão é administrador, tem 42 anos e concorre pelo Partido Progressistas (PP), integrando a coligação “Para mudar a Bahia”, composta por siglas como PROS, PDT, PSDB e Cidadania. Deputado federal por dois mandatos, é filho do então vice-governador do estado, João Leão, que chegou a ser anunciado como candidato ao Senado, mas desistiu e foi substituído por Cacá, conforme informações do G1.
Em 2010, ele foi eleito deputado estadual. Passou a integrar o Congresso Nacional em 2014 e foi reeleito em 2018. Na Câmara, atuou como titular da Comissão de Finanças e Tributação e como suplente das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania. Também já trabalhou como assessor político e diretor de Habitação da Prefeitura de Salvador. Cacá tem como 2º suplente Irma Lemos (UB), que já foi vice-prefeita de Vitória da Conquista, durante a gestão Herzem Gusmão.
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Cícero Araújo (PCO)

Natural de Montes Claros (MG), Cícero Araújo é servidor público aposentado, tem 63 anos e concorre pelo Partido da Causa Operária (PCO), que não integra nenhuma coligação partidária. Sua candidatura foi oficializada em convenção realizada no dia 5 de agosto, na sede da sigla, na Estrada da Liberdade, em Salvador.
Cícero concorreu ao Senado pela primeira vez em 2010, quando foi candidato a suplente de senador pelo PSOL. Possui ensino médio completo e se autodeclara branco. Seus dois suplentes, Silvano Alves e Pedro Cavalcante, também são filiados ao PCO.
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Marcelo Barreto (PMN)

Candidato ao Senado pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), Marcelo Barreto é presidente municipal da legenda em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, onde mora. Ele nasceu em 19 de agosto de 1966, na capital do estado. Começou sua militância política no movimento estudantil e sindical.
Atuou por mais de 30 anos na área de fornecimento público de energia, sendo funcionário da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia. Além disso, se apresenta como integrante do Comitê Gestor Estadual do Programa Luz Para Todos, do governo federal. Seu partido apoia a candidatura de ACM Neto (UB) ao governo do estado. Entretanto, o candidato oficial de Neto ao Senado é Cacá Leão (PP).
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Otto Alencar (PSD)

Médico especializado em Saúde do Trabalho, Otto Alencar tem 74 anos e nasceu na cidade de Ruy Barbosa, no interior baiano. É candidato à reeleição pelo Partido Social Democrático (PSD), sigla integrante da chapa que tem o ex-secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, (PT) como candidato ao governo do estado. Já passou pelo PTB, PL e PSD.
Iniciou a carreira política em 1986, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez. Foi reconduzido ao cargo por mais duas vezes. Também já foi vice-governador da Bahia por dois mandatos e, em 2002, governou o estado após renúncia do então mandatário do Executivo estadual, César Borges. Foi eleito senador em 2014. No cargo, presidiu diversas comissões e ganhou notoriedade quando integrou a CPI da Pandemia.
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Raíssa Soares (PL)

Natural de Belo Horizonte (MG), Raíssa Soares é médica intensivista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem 52 anos, e concorre pelo Partido Liberal (PL) na chapa liderada pelo candidato a governador João Roma. Ex-secretária de Saúde de Porto Seguro, ficou conhecida durante a pandemia como “doutora cloroquina”, por defender a prescrição do medicamento comprovadamente ineficaz para tratar a covid-19.
Ela lançou a candidatura no dia 22 de julho deste ano, ao lado de Roma, em um evento realizado em Salvador. Em 27 de agosto, também esteve em Vitória da Conquista com o candidato a governador no comício realizado por Jair Bolsonaro na cidade. Evangélica, Raíssa se apresenta ainda como pregadora da organização Aviva Brasil.
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Tâmara Azevedo (PSOL)

Cientista social, ambientalista e gestora pública, Tâmara Azevedo é candidata ao Senado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em uma chapa coletiva que ainda conta com os candidatos a ‘co-senador’ Professor Max e Zem Costa, também filiados ao PSOL. Natural de Salvador, ela tem 49 anos e se formou na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Trabalhou na Coordenação Setorial do Carnaval da capital e na Fundação Gregório de Matos, durante a gestão da ex-prefeita Lídice da Mata. Na sua trajetória política, ela também já participou do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e da coordenação da Escola Olodum. Atualmente, faz parte do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e do Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira na Bahia.
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